Sobre

Guarda de congado. 1835. Rugendas (1802-1858) (litografia)

Neste País de dimensões continentais e de povo tão diversificado, não é de se estranhar que sejam encontradas as mais variadas formas de cultura. Todas configuram um gigantesco, sonoro e colorido mosaico, surpreendendo até o mais experimentado observador. Com toda essa multiplicidade, algo parece ser comum à maioria das manifestações de nossa gente: a fé.

Querer abordar a cultura brasileira sem mencionar a fé, muitas vezes representada na religiosidade, pode nos embaçar a vista. É a fé que dá o “tempero” a muitíssimas expressões de nosso povo, ainda que, à primeira vista, parecem profanas.

É uma pena quando os mais apressados ou céticos tentam abordar algum fenômeno cultural sem passar também pela via da espiritualidade do brasileiro. Eles perdem uma grande chance de entender mais profundamente o nosso povo e a si próprios, consequentemente.

Inspirados pelos que desejam compreender mais atentamente nossa vida, apresentamos aqui o essencial do essencial da doutrina religiosa majoritária no País: o cristianismo. O enfoque maior será dado à Igreja Católica, não por descaso às outras denominações, mas porque ela se destaca tanto numericamente quanto historicamente no contexto brasileiro.

Denominamos este blogue “A Igreja quase sem mistérios” porque religião trata essencialmente do Sagrado, e este é objeto da eterna busca do ser humano. Por mais “palpável” que seja a estrutura e o dia a dia da Igreja, o fundamento dela está em um mistério: o contato, pelo tato da fé, entre nós e Deus.

Quem nós imaginamos ser os curiosos e os não praticantes? Esses “curiosos” são todos os que, segundo Jesus Cristo, deverão entrar no Céu. Como crianças, perguntam, buscam entender as coisas, sem preconceitos, sem rancores. “Curiosos”, no bom sentido da palavra, são os que desejam buscar a verdade sempre.

Quanto aos “não praticantes”, é bom lembrar que esse é um conceito bem brasileiro. Aliás, é uma expressão bastante esdrúxula, pois o comprometimento é algo inerente ao seguidor de Cristo, independente do grupo. A classificação se refere aos que foram batizados na Igreja e apenas “consomem” os serviços religiosos em situações particulares (casamentos, funerais, batizados...). Mas, comentários à parte, este trabalho foi feito também para que os mais “desligados” entendam um pouco melhor da religião que está na história de vida de muitos, pelo menos na hora do batizado.

Nosso desejo é que você, de curioso (praticante ou não) passe a estudioso dos assuntos aqui tratados. Aprofunde-se nos temas interessantes para você. Lembre-se do ditado que diz “vive mais quem vê e ouve mais e não quem tem mais idade”. Por isso, pergunte, leia, escreva, observe... Viva! Não tenha medo de conhecer o mundo do cristianismo e, consequentemente, de nossa própria cultura.

Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, Aparecida-SP

Este blogue busca ser:


- motivador de discussões;
- um trabalho em constante atualização;
- subsídio para consultas básicas;
- apoio para os não praticantes conhecerem um pouco da Igreja Católica e do cristianismo em geral;
- ajuda para despertar uma saudável curiosidade;
- descrição de parte dos fundamentos da cultura de nosso povo;
- fruto de muita conversa e convivência com bons (e maus) cristãos.

Este blogue busca não ser:


- “cursinho” de Teologia;
- seleção de “verdades” indiscutíveis;
- catecismo ou devocionário;
- guia turístico.

Sobre o texto


Grande parte dos assuntos tratados aqui, dentro do possível, refere-se às crenças e costumes básicos dos membros também de outras denominações cristãs. Em um legítimo diálogo ecumênico, tudo começa com o que une os cristãos e não com o que os separa. Por isso tomamos o cuidado de não ter um olhar predominantemente “catolicocêntrico”. Obviamente, como já dissemos acima, a abordagem dá maior ênfase às coisas da Igreja Católica, mas isso não quer dizer que elas não coincidam com o pensamento das demais igrejas.

No que diz respeito ao conteúdo, sempre procuramos expressar nossa própria experiência. Buscamos evitar apologias e opiniões mais apaixonadas que objetivas. Em algumas posições apresentadas aqui, não há unanimidade no universo dos cristãos e dos próprios católicos (inclusive entre os especialistas). Também seria querer demais de uma comunidade com mais de 1 bilhão de adeptos e 2 000 anos de história. Por isso sugerimos que você, ao buscar mais detalhes sobre algum tema, pesquise em mais de uma fonte. Assim, o benefício, sem dúvida alguma, será gigantesco.

Sobre as citações bíblicas


Sempre que possível, o texto remete a citações bíblicas. Dependendo do caso, há a própria transcrição da passagem. Quem tem mais familiaridade com livros religiosos vai estranhar a forma com a qual fazemos as referências. Como buscamos dialogar principalmente com os que não costumam frequentar os templos, evitamos fazê-las conforme o costume, com as abreviaturas.

Sobre o editor


Alessandro Faleiro Marques, professor, revisor de textos, redator e tradutor. Desde 1996 atua nos setores de comunicação da Congregação dos Salesianos de Dom Bosco (Sistema Salesiano de Videocomunicação, Inspetoria São João Bosco e Rede Salesiana de Escolas). Agente de pastoral na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Bairro Parque Recreio, Contagem-MG), especialista em Direito Público e graduado em Letras. Formação em Comunicação Pastoral e idiomas.

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